sábado, 22 de novembro de 2008

Um Fascinante Passeio pelo Delta


Rio, mangues, igarapés, dunas e as águas do Oceano Atlântico são alguns dos atrativos no rico passeio ecoturístico pelo Delta do Parnaíba, o famoso Delta das Américas
Porto das Barcas, em Parnaíba, e o Porto dos Tatus, na Ilha Grande de Santa Isabel, são os pontos de saídas das embarcações - barcos, lanchas e voadeiras - para o passeio no Delta do Parnaíba.
O atrativo mais conhecido do litoral piauiense é uma formação rara que só existe em mais dois lugares do mundo: no Rio Mekong, no Vietnã, e no Rio Nilo, na África.
A foz do Rio Parnaíba se subdivide em cinco braços, formando um grande triângulo (ou a letra grega Delta) antes de atingir o mar. Os braços do rio, no sentido Leste-Oeste, são: Tutóia, Melancieira, Caju e Canárias - todos maranhenses -e a barra do Rio Igaraçu, que desemboca no município piauiense de Luís Correia. A área total do Delta do Parnaíba é estimada em 2.700 quilômetros quadrados, distribuída de forma retangular (35% pertencem ao Piauí e o restante no Maranhão).
A orla tem 90 quilômetros de extensão, onde estão igarapés, mangues, dunas, ilhas e ilhotas. Além de dunas, praias, rios e igarapés, o Delta do Parnaíba é formado por extensas florestas de manguezais. É neste ambiente povoado por plantas exóticas e animais curiosos, que camarões, caranguejos, mariscos e muitas espécies de aves e peixes encontram alimento em abundância e abrigo seguro para se reproduzir.
São nos passeios de barco onde se tem a oportunidade de vislumbrar todas as maravilhas deste ecossistema. Nele, o público pode conferir a visão de paisagens deslumbrantes, envolvendo dunas gigantescas, igarapés, praias desertas e animais exóticos.

Trajeto

Do Porto dos Tatus, o barco percorre o Rio Tatus, que é um braço do Rio Parnaíba, adentra no Parnaíba, passa pela Ilha Canárias, a segunda maior do Delta, depois da Ilha Grande de Santa Isabel; e segue até a Ilha dos Poldros, no Maranhão, onde acontece o encontro do Rio Parnaíba com o mar, na Baía das Canárias. Neste trecho do passeio, há uma parada para banho de rio ou de mar (a gosto do turista) e para almoço dentro do barco.
O retorno acontece pela Ilha das Canárias, seguindo pelo sistema manguezal até o Igarapé dos Periquitos. Esse trecho do passeio é de extrema observação, como se fosse um safári pelo mangue. Ali, podem ser avistados caranguejos, aves diversas e até mesmo macacos na vegetação do mangue.
A piauiense Francisca Maria dos Santos Silva, que trabalha há oito anos como guia no Delta do Parnaíba e desempenha, também, o papel de consultora ambiental, informa aos cearenses que acompanham a excursão que parte dos caranguejos servidos nas barracas de praias e restaurantes de Fortaleza é retirada daquele manquezal, bem como boa parte do caranguejo vendido no Nordeste.
A guia explica que os catadores de caranguejo já têm a consciência de que pode ser retirado do mangue somente o macho da espécie. ´A fêmea deve ser poupada para proliferar ainda mais a população do crustáceo´, diz. A consultora ambiental explica ainda que, para não acabar com a população de caranguejos do Delta do Parnaíba, é proibido a retirada do crustáceo durante o período de uma semana, nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Após deixar o Igarapé dos Periquitos, há outra parada no trajeto, desta vez nas dunas do Morro Branco, no Piauí, onde é servida uma caranguejada. O retorno para o Porto dos Tatus acontece por volta das 15h30. O passeio de barco pelo Delta do Parnaíba custa R$ 45,00, por pessoa, com direito a almoço e caranguejada.

Excursão pelo Nordeste ao som de uma boa música
Há cinco anos, o músico Fonseca Jr. decidiu convidar grupos de amigos que acompanhavam seu trabalho para conhecer Parnaíba, sua terra natal. A idéia deu certo e ele profissionalizou as viagens, organizando excursões musicais para algumas cidades do Nordeste. Nas viagens, o público visita os pontos turísticos do destino e participam de uma baile dançante animado por Fonseca Jr. e Banda.
Nos últimos meses, em parceria com a agência de viagens Aquarela Turismo, Fonseca Jr. tem organizado excursões para Natal, Parnaíba e Mossoró. Na última excursão para Parnaíba, realizada nos dias 16 a 19 de outubro passado, foram necessários dois ônibus para levar um grupo de 100 pessoas.
Em Parnaíba, o grupo conheceu a Lagoa do Portinho, a praia de Pedra do Sal e o Delta do Parnaíba, visitou a residência do casal Vicente Correia e Maria Tereza Carvalho Correia, que é a casa mais antiga de Parnaíba, com 93 anos de fundação; participou de uma caranguejada dançante na Praia da Atalaia, visitou o centro de artesanato de Parnaíba e se confraternizou no baile Anos Dourados, no Clube do Sesc.
De acordo com Fonseca Jr., está foi a 20ª excursão para Parnaíba e, profissionalmente, com a organização de uma agência de viagens, a 12ª. ´As excursões vieram conciliar tudo que gosto, que é tocar, mostrar minha terra natal e fazer turismo de lazer´, destacou.
A pensionista Maria Lúcia Furtado Lima, que foi para Parnaíba na companhia de seu filho Francisco José Fortunato, adorou a experiência de viajar pela primeira vez com um grande grupo. ´Gosto de fazer amizades, conhecer gente nova e também de ouvir uma boa música. Adorei esta idéia de excursão musical´, destacou.
Durante toda a excursão, o cantor Fonseca Jr. e sua esposa Vânia Correia (também parnaibana), junto com a equipe da Aquarela Turismo, movimentaram o passeio, com a realização de brincadeiras, sorteio de brindes e um amigo secreto.
Neste final de semana, um novo grupo estará viajando para o Mossoró, a fim de participar do 7º Festival Aéreo de Mossoró, o Fam, um dos maiores eventos do gênero no País. A hospedagem será no Hotel Thermas e, amanhã à noite, eles participam do Baile do Aviador, animado por Fonseca Jr. e Banda.
A diretora da Aquarela Turismo, Sílvia Sales, informa que, além de Parnaíba, Mossoró e Natal, cidades já visitadas pelas excursões dançante, para o início de 2009 está sendo programada uma saída para os Lençóis Maranhenses.

Fonte:
http://diariodonordeste.globo.com

Belezas de Parnaíba


O Delta do Parnaíba é, sem sombra de dúvidas, o maior atrativo deste que é o mais populoso município do Piauí, depois da capital Teresina. No entanto, Parnaíba apresenta, também, como fortes atrativos naturais, a Lagoa do Portinho e a praia de Pedra do Sal.
Em tupi guarani, Parnaíba significa rio de águas barrentas, uma alusão ao nome do rio que corta o município. Carinhosamente, a cidade também é conhecida como a ´Capital do Delta´, pois é o portal de entrada para quem quer conhecer o único delta em mar aberto das Américas.
Além das belezas naturais, Parnaíba representa um grande valor histórico para o Piauí, apresentando, sobretudo nas proximidades do Porto das Barcas, inúmeros imóveis históricos que traduzem o quanto Parnaíba já foi importante para a região.
A cidade surgiu, 300 anos atrás, às margens deste porto, que, por muitos anos, recebeu navios a vapor vindos da Europa e que retornavam abarrotados de derivados da pecuária, principalmente, a carne de charque. O roteiro histórico/cultural inclui, também, as igrejas de São Sebastião, Santo Antônio, Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora do Rosário, além do Centro Cívico e da Ponte Simplício Dias, que separa Parnaíba da Ilha Grande de Santa Isabel.
O município apresenta uma população de 144.892 habitantes, segundo o censo 2008. Hoje, Parnaíba vem despontando como pólo turístico, principalmente como base de apoio para quem quer conhecer o litoral do Piauí, o Delta do Parnaíba, Jericoacoara e os Lençóis Maranhenses, contando inclusive com um aeroporto (atualmente em reforma).
Nesta edição, uma equipe de reportagem do Diário do Nordeste acompanhou uma excursão para a cidade de Parnaíba, composta por um público bem especial, formado por turistas que desejam conhecer novos destinos nordestinos em viagens animadas ao som de uma boa música.

Fonte:

http://diariodonordeste.globo.com

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Calor sim, mas em um Litoral que é Pura Delicia



Faz calor, muito calor no Piauí. Esta é a opinião geral de quem o visita, começando pela capital, Teresina. Mas as temperaturas, que poucas vezes estão abaixo dos 30° C, com exceção das serras, são equivalentes ao grau das belezas que existem no Estado menos conhecido do Nordeste brasileiro. A meta é reverter esta situação. Esta é a disposição dos gestores do turismo.

“O turista saía dos Lençóis Maranhenses, passava pelo Delta do Parnaíba em direção a Jericoacoara, no Ceará, e vice-versa, sem ao menos se dar conta de que estava no Piauí“, reclama o prefeito da cidade de Parnaíba, a segunda maior do Estado (depois da capital), José Hamilton Castelo Branco.

Este município agora atua em consórcio turístico, por sinal o primeiro do País, com outras 12 cidades (entre Piauí, Maranhão e Ceará), divulgando a Rota das Emoções, um roteiro de três a quatro dias pelas três atrações naturais principais do litoral: os Lençóis, o Delta e Jericoacoara . Mas não é só o que o Piauí tem a oferecer.

O potencial inclui esportes de vento, como kitesurf e windsurf, praias (embora tenha o menor litoral da região), ecoturismo, arqueologia e parques. Fica lá o Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio da Humanidade (pela Unesco) e considerado o “berço do homem brasileiro“, por conta dos vestígios arqueológicos da presença humana, datada de milhares de anos, encontrados nas regiões da Capivara e no Parque das Sete Cidades.

Para 2009, o Piauí tem boas perspectivas. Operadoras italianas negociam com o Governo a criação de vôos charters. Eles devem coincidir com a reabertura do aeroporto de Parnaíba, a 356 km de Teresina, que ganhará (com obras em andamento) pista mais ampla, garantindo seu status de equipamento internacional.

Turismo para elevar a auto-estima do povo, gerar emprego e renda, é outra perspectiva do Estado. Quem for conferir, terá a certeza de que, apesar do extremo calor, há beleza e atração suficientes para que isto seja possível.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A Multicolorida e Pacata Parnaíba




A história da cidade está preservada no casario gracioso e no Porto das Barcas onde tudo começou, o colorido e gracioso centro histórico de Parnaíba funciona como base de apoio para quem visita a região. Muito por sua importância para o Estado, claro. Mas também pelo fato de as agências de turismo terem escolhido o Porto das Barcas para montar seus escritórios.
Esse porto que testemunhou o surgimento da cidade, 300 anos atrás, por muito tempo recebeu os navios a vapor que chegavam da Europa e, depois, voltavam ao Velho Continente abarrotados de produtos derivados da pecuária. Em especial, o charque. "O Piauí era o maior produtor de gado das porções Norte e Nordeste do Brasil", diz Claudete Maria Miranda Dias, historiadora da Universidade Federal do Piauí. O Porto das Barcas também faz parte da história de um dos maiores líderes indígenas do Nordeste. Manduladino, da tribo dos tremembés, foi separado de sua família ainda criança para ser educado por jesuítas. Mais velho e revoltado com a dominação portuguesa, ele conseguiu organizar um levante contra a cidade de Parnaíba na década de 1750, conhecido como "a rebelião do Norte". Assustados com o ataque dos tremembés, os portugueses tiraram de lá a imagem de Nossa Senhora de Monte Serrathe, símbolo da colonização. A santa estava na capela de mesmo nome, na Rua Duque de Caxias. Erguida em 1711, é a construção mais antiga de Parnaíba. A estátua foi levada para a cidade de Piracuruca, a 125 quilômetros do litoral - onde está até hoje. Manduladino não teve sorte. Capturado pouco tempo depois da invasão, acabou sendo executado na região do Porto das Barcas.
INDEPENDÊNCIA Perto do porto, a Igreja de Nossa Senhora das Graças, na praça de mesmo nome, abriga o túmulo de outra personalidade decisiva para a história piauiense. Simplício Dias, um grande fazendeiro de Parnaíba no século 19, foi o principal articulador do movimento de independência no Estado. "No Brasil, o ano de 1822 não se resume ao grito que d. Pedro I deu às margens do Ipiranga, em São Paulo", explica a professora, nascida na Serra da Capivara. Tanto que, por lá, o fim do período de colônia portuguesa é comemorado (com feriado, sem dúvida) também no 19 de Outubro, considerado o Dia do Piauí. E não só no 7 de Setembro. "Há poucas pesquisas sobre a história específica de nosso Estado", afirma Claudete, que agora trabalha na preparação do livro Piauí que o Brasil não vê: História, Arte e Cultura. "Pretendo lançá-lo o mais breve possível", diz.

Fonte:

Lucas Frasão
http://www.estadao.com.br